Tag: Futebol

08 ago 2024
PÊNALTI: UM MAL DESNECESSÁRIO ÀS DECISÕES DO FUTEBOL

PÊNALTI: UM MAL DESNECESSÁRIO ÀS DECISÕES DO FUTEBOL

Resumo: O artigo manifesto minha opinião, de que, é inadmissível que, mesmo depois de 500 anos da invenção do futebol e quase 200 anos da definição das regras básicas desse esporte, que há muito tempo se destaca como o principal esporte planetário, ainda sigamos entregando o resultado ao acaso e decidindo competições através de “pênaltis”.

Vou começar pedindo vênia por minha ousadia, haja vista que não sou um entendido em futebol, sou apenas mais um dos bilhões de seres humanos entusiasmados e apaixonados pelo “esporte bretão” e odeio decisões através de pênaltis.

Por que odeio a cobrança de pênaltis como maneira de decidir os jogos? Porque entendo que pênaltis são, apenas, faltas ou toques de mãos, que ocorrem durante a partida de futebol, dentro da grande área do time faltoso. Essas faltas são punidas com tiros livres diretos e sem barreiras, cobrados a 11 metros de distância da linha de gol, num ponto marcado, entre as linhas da grande e da pequena área. Portanto, são faltas perigosas com possibilidades reais de acarretarem gols.

Quer dizer, os pênaltis são faltas punidas durante a partida. Depois da partida encerrada, não podem existir pênaltis, até porque, se a partida acabou, não existem mais faltas ou toques dentro da grande área ou qualquer outro lugar. Qualquer outra coisa, diferente disso, a meu ver, não pode, sequer, ser chamada de pênalti. Entretanto, costuma se usar esse tipo de tiro livre, após o jogo para decidir o resultado de partidas que terminam empatadas.

Na verdade, não tenho nada contra os pênaltis em si, até porque, a regra do futebol de alguma maneira diz que: “qualquer falta produzida pelo defensor, que ocorra dentro da sua própria área, deve ser punida com pênalti”. Porém, por outro lado, entendo que decidir resultados através de cobrança de pênaltis é uma grande idiotice para resolver o problema, criando um resultado artificial para aquela partida, que não poderia, por qualquer motivo especial, terminar empatada. Isto é, aquela partida que obrigatoriamente necessita ter um vencedor.

Ou seja, quando o resultado de empate, que um resultado naturalmente possível numa partida de futebol, não pode acontecer, porque há necessidade de se premiar o vencedor da citada partida. Com a cobrança de pênaltis ao final da partida empatada, arruma-se ou ajeita-se um vitorioso, que não venceu nas condições normais da disputa. Deste modo, muitas vezes se acaba produzindo grandes injustiças artificiais, para se resolver rapidamente questões que deveriam ser naturalmente resolvidas.

Quando se resolve decidir um resultado através de cobrança de pênaltis, está se colocando a responsabilidade de um time dentro do campo e de uma torcida, às vezes imensa, fora de campo, no pé e nas mãos de dois indivíduos: o chutador (batedor) e o goleiro (defensor). Fato que é, no mínimo, injusto. Alguém já disse que futebol não tem que ser necessariamente justo e eu concordo. Entretanto, eu também quero dizer que, não é por isso que devemos atuar para favorecer às injustiças.

Há idiotas que dizem, mas que jamais poderão provar, que cobrança de pênaltis não seja loteria.  Como já afirmei, são idiotas, porque cobrança de pênaltis sempre será uma loteria. Eu afirmo que esses idiotas estão tremendamente errados, porque cobrança de pênaltis é pura sorte. Digo isso, porque tenho certeza que todo batedor, ao bater o pênalti, certamente, quer fazer o gol e, por sua vez, todo goleiro quer defender, além, é claro, da bola poder bater na trave ou ir para fora. Quer dizer, o acaso é quem decide, se a simples cobrança se transformará em gol ou não.

Embora, nenhum dos dois envolvidos diretamente na questão, voluntaria e propositalmente, queiram errar, por óbvio, o erro é natural e acontece, de um lado ou de outro. Salvo, em questões anômalas e inerentes ao processo partida de futebol, muitas vezes um pênalti “bem batido” não resulta em gol e um outro “mal batido” acaba resultando em gol e pode causar a vitória daquele que foi notoriamente o pior time durante toda o transcorrer da partida. Isso acontece inúmeras vezes, então como não é sorte?

Aqui, alguns dirão, mas, durante uma partida normal, o vencedor também pode ser o pior time! Sim, mas isso, além de ser uma contingência da própria partida, não é uma regra. Entretanto, toda partida é um jogo e o fator sorte sempre existe, mas as regras probabilísticas dizem que o melhor time deve ganhar do pior. Quando efetivamente acontece de o vencedor da partida ser o pior time, ninguém pode questionar, haja vista que ele, de fato, venceu a partida, ainda que por pura sorte.

Assim, não consigo entender, como um esporte oficialmente inventado no século XVII, continua, muitas vezes, algumas delas até em campeonatos mundiais de seleções nacionais dos países competidores, dando “sopa para o azar” e permitindo, ou melhor, obrigando que disputas por cobranças de pênaltis definam resultados de partidas. A própria seleção brasileira já “ganhou” campeonato mundial de seleções por cobrança de pênaltis, o que é lamentável, porque ganhou, mas não venceu o jogo.

Esse negócio de cobrança de pênaltis para decidir vencedores e perdedores é muito mais que uma idiotice, porque isso é, simplesmente, acreditar que a “sorte” ou o “azar” (sim, somente o acaso), em chutes diretos, sem possibilidade de reação sejam as maneiras mais corretas para decidir competições locais, regionais, estaduais, nacionais e internacionais. Acredito que, esteja na hora da FIFA ou qualquer outra entidade que possa sugerir sobre a questão, se manifeste em prol de propor novas maneiras para decidir resultados, quando não puder existir o empate entre os dois times competidores.

Por favor, esqueçam as cobranças de pênaltis, mas proponham coisas boas. Já inventaram, faz algum tempo, a tal da “morte súbita”, que acabava com o jogo em qualquer momento, logo após a ocorrência de um gol. É aquela história da “pelada de rua”: “quem fizer o primeiro gol ganha o jogo”. Ora, esse negócio de “morte súbita”, conseguia ser mais injusto do que a cobrança de pênaltis, porque não permitia nem a tentativa de reação.

Aliás, a cobrança de pênaltis para decidir partidas também não permite, embora dê chances iguais para ambos os times. E aqui cabe uma explicação de porquê os pênaltis depois do jogo não poderem ser chamados de pênaltis. A ação dos pênaltis durante o jogo é a mesma de uma outra falta qualquer. Isto é, a pós a cobrança a bola está automaticamente em jogo, mas nas disputas por cobrança, NÃO EXISTE JOGO existem apenas os chutes em direção à baliza e deste modo, depois de cada chute não pode acontecer mais nada, além do gol. da defesa, da trave ou da bola fora. Ora, se isso não é algo totalmente artificial ao futebol, então eu preciso ser internado, porque sou um débil mental.  

Desta maneira, eu vou aproveitar o momento para questionar e ao mesmo tempo sugerir. Por que o futebol, não pode copiar o basquete e fazer tantas prorrogações de tempo quanto forem necessárias, até que haja um vencedor? Com certeza isso diminui bastante o fator sorte, além de ser mais sensato e correto, além de menos injusto. O basquete poderia, da mesma maneira que se faz no futebol, decidir empates com “lances livres”, mas os codificadores daquele esporte, desde o início, já sabiam que o jogo tem que ser jogado e que o vencedor tem que vencer o jogo e não apenas ter uma boa pontaria ou pura sorte. Infelizmente, no futebol, ainda não se atentou para esse detalhe.

Certamente alguém vai dizer, mas desse jeito, poderão existir prorrogações indefinidamente. Sim, poderão, mas, com os pênaltis isso também é possível. Entretanto, tal coisa nunca aconteceu, nem mesmo no basquete, que sempre foi assim. Além disso, tenho certeza de que isso vai melhorar bastante a qualidade do espetáculo. Porque, por óbvio, após ao tempo normal, os próprios jogadores vão querer decidir logo quem será o vencedor e certamente a partida ficará mais interessante e o público vai gostar muito mais.

Querem melhorar o futebol, deixem ele sempre acontecer como ele de fato é, ou seja, com a bola rolando dentro do campo. Aliás. Esse negócio de VAR (Vigaristas Arrumando Resultados) também é uma besteira imensa, por que aumenta os custo e só favorece a alguns poucos interessados que ganham muito dinheiro com essa idiotice e se beneficiam com apostas extracampo. Como eu já disse em artigo anterior, o VAR só trocou o erro individual (do juiz) pelo erro coletivo (da máquina e seus “juízes” operadores), mas não acabou e nem vai conseguir acabar com o erros, além de ter favorecido, ainda que indiretamente, aos contraventores e outros picaretas.

Aliás, cabe ainda dizer que os erros do futebol são tristes, mas eles, historicamente, fazem parte do próprio futebol. Se pudermos minimizar os erros obviamente será muito bom, mas creio que isto não será possível e nem é efetivamente interessante que eles acabem, porque eles também fazem parte do jogo, desde que não sejam programados externamente. Por outro lado, até para minimizar os efeitos externos nas competições, os pênaltis em decisões precisam ser extintos para o bem do próprio futebol. Pensem nisso!

Luiz Eduardo Corrêa Lima (68)

19 jul 2024
Por que atualmente perder é melhor que empatar na contagem de pontos do futebol?

Como entender um esporte onde uma derrota vale mais que dois empates?

Resumo: O artigo trata de uma questão que tenho discutido há muito tempo e que os profissionais da área não se envolvem com as devidas importância e ponderação. Por que atualmente perder é melhor que empatar na contagem de pontos do futebol?


Pois então, meus amigos, no futebol atual, quem perde uma partida perde 3 (três) pontos e quem empata duas partidas perde 4 (quatro) pontos e, o pior, é que acham que parece que entendem que isto está correto. Vaja bem, desta maneira uma derrota, acaba sendo melhor do que dois empates, o que me parece, não só um erro, mas uma grande injustiça e, por isso mesmo, um absurdo, que necessita ser revisto.

Entretanto, não para por aí, o número de vitórias é um fator de desempate prioritário entre times empatados. Eu não sei, mas, se a matemática não mudou, um time que tem mais vitórias e que tem o mesmo número de pontos de outro, por óbvio, esse time também terá necessariamente mais derrotas e menos empates. Ou seja, assim se valoriza mais ainda a derrota frente ao empate.

Senhores, quando se classifica algum time numa condição melhor, pelo número de vitórias, na verdade, está se classificando alguém, numa condição melhor, efetivamente pelo número maior de derrotas. Será que é esse mesmo o objetivo?  Será que só eu sou capaz de ver essas coisas, ou o pessoal que trata disso não quer ver ou não sabe fazer conta mesmo?  Por que os cronistas e jornalistas esportivos não discutem esse assunto?

Há cerca de 16 anos, encucado com essa situação absurda, eu escrevi e publiquei um modesto artigo, que está na INTERNET, desde aquele data, (https://www.recantodasletras.com.br/artigos-de-esporte/2660527), onde tentei chamar a atenção para essas questões e demonstrei (com números) que esse critério estava errado e que precisava ser reavaliado. Mas, obviamente, ninguém leu, ou se leu, preferiu achar que não leu, ou preferiu não entender, ou, simplesmente, porque não sabe fazer contas, ou, o que é bem pior ainda, resolveu não dar atenção, porque não quer problemas

É claro que estou ciente de que essa inação possa ser justificada, até porque, quem sou eu, além de um “grande desconhecido” para falar nessa área de “grandes gênios” do futebol. Sou um cidadão comum, que nada tenho a ver com o meio futebolístico e logicamente os “grandes gênios” não deveriam me levar a sério, como, efetivamente, não levaram. Mas, a coisa é tão óbvia, que eu tenho certeza de que não sou o único sujeito que foi capaz de observar o tremendo erro. Mas, então, por que ninguém fala nada sobre a questão?

Contudo, já se passaram mais de 16 anos de minha modesta publicação e os “grandes gênios” continuam assistindo e discutindo sobre outras picuinhas do futebol e concordando, sem nenhum questionamento, de que perder é melhor que empatar. Eu sou, além de um “grande desconhecido”, talvez, ou uma “besta” mesmo, que nada entendo de futebol, mas eles, que, talvez até saibam alguma coisa sobre o futebol, aparentemente desconhecem ética, lógica e matemática. Ou, pelo menos, ética, lógica e matemática não parecem ser áreas fortes de entendimento desses “gênios do futebol”.

E eu continuo aqui, dizendo que: ESSE NEGÓCIO ESTÁ ERRADO! E continuo querendo saber, QUANDO SERÁ QUE ALGUÉM VAI DISCUTIR SOBRE ESSA QUESTÃO?

Meus amigos, se o jogo vale três pontos, quando há um resultado de empate, um desses três pontos, simplesmente, desaparece no final da partida, porque cada time ganha 1 (um) ponto, o que totaliza apenas 2 (dois) pontos, dos 3 (três) que a partida deveria valer, e isso NÃO É JUSTO. Para onde vai o terceiro ponto?

O resultado de empate existe e certamente, como resultado, ele não é menos importante que a vitória ou a derrota para os times, como, injustamente, tem sido considerado. Por isso, o empate deve valer os mesmos três pontos que qualquer outro jogo em que haja um vencedor. E só existem duas maneiras de FAZER JUSTIÇA e resolver essa questão:

  1. Quando o resultado for empate, cada time ganha metade (como era antes) do valor de pontos da partida, ou seja, atualmente, 1,5 (um e meio) pontos.  Só assim, o total de pontos da partida continuará sendo três pontos.
  2. Quando o resultado for empate, o visitante ganha 2 (dois) pontos e o mandante ganha 1 (um) ponto. Só assim, o total de pontos da partida continuará sendo três pontos.

Qualquer coisa diferente dessas duas opções, certamente, é só mais uma incoerência, um erro e principalmente, mais uma grande injustiça. Infelizmente falamos muito sobre justiça, mas não pararmos para discutir as injustiças e tenho certeza de que esta é apenas uma, das muitas que existem no mundo do futebol.

A propósito, só para dar um exemplo das injustiças, o VAR (“Vigaristas Arranjando Resultados”) e outra injustiça grave, pois com o VAR, o que se fez foi reprovar o erro individual e aprovar o erro coletivo. Um árbitro de futebol que erra, pode errar, porque ele é um ser humano e todo ser humano por mais que não queira, sempre erra. Porém, um equipamento, com uma equipe treinada especificamente no operacionamento dele, não pode errar e continua errando de maneira bisonha e muitas vezes até suspeita.

O que se fez com o advento do VAR foi deixar de lado o erro individual (do árbitro) e promover o erro coletivo (da máquina e sua equipe de operadores). O pior é que: NINGUÉM PODE FAZER NADA depois da confirmação dos erros como se fossem acertos. Assim, os erros agora acabam sendo muito mais graves, por que aquilo que era feito por apenas um indivíduo, agora é feito por uma equipe, com um grande aparato tecnológico. Quer dizer, para o futebol, as coisas pioraram muito com o VAR, porque, além de tudo, elas saíram do limite do campo de futebol.

Eu gostaria de que alguns dos Senhores Jornalistas sérios, que eu sei que ainda existem, discutissem sobre essa questão, do empate ser um “resultado inferior”, porque como demonstrei anteriormente, esse fato modifica os resultados contábeis dos pontos e consequentemente a ordem das classificações (LIMA, 2008) de determinados campeonatos e outras competições futebolistas.

P.S. Por favor, se vocês gostaram do que leram, percam mais alguns minutos (ou ganhe) e se deem o direito de ler o artigo que escrevi e publiquei, em 2008, sobre essa questão. Vocês podem, a priori, até não concordar, mas, tenho certeza de que você irá se surpreender.

Luiz Eduardo Corrêa Lima (68)