Resumo: O artigo trata de uma questão que tenho discutido há muito tempo e que os profissionais da área não se envolvem com as devidas importância e ponderação. Por que atualmente perder é melhor que empatar na contagem de pontos do futebol?
Pois então, meus amigos, no futebol atual, quem perde uma partida perde 3 (três) pontos e quem empata duas partidas perde 4 (quatro) pontos e, o pior, é que acham que parece que entendem que isto está correto. Vaja bem, desta maneira uma derrota, acaba sendo melhor do que dois empates, o que me parece, não só um erro, mas uma grande injustiça e, por isso mesmo, um absurdo, que necessita ser revisto.
Entretanto, não para por aí, o número de vitórias é um fator de desempate prioritário entre times empatados. Eu não sei, mas, se a matemática não mudou, um time que tem mais vitórias e que tem o mesmo número de pontos de outro, por óbvio, esse time também terá necessariamente mais derrotas e menos empates. Ou seja, assim se valoriza mais ainda a derrota frente ao empate.
Senhores, quando se classifica algum time numa condição melhor, pelo número de vitórias, na verdade, está se classificando alguém, numa condição melhor, efetivamente pelo número maior de derrotas. Será que é esse mesmo o objetivo? Será que só eu sou capaz de ver essas coisas, ou o pessoal que trata disso não quer ver ou não sabe fazer conta mesmo? Por que os cronistas e jornalistas esportivos não discutem esse assunto?
Há cerca de 16 anos, encucado com essa situação absurda, eu escrevi e publiquei um modesto artigo, que está na INTERNET, desde aquele data, (https://www.recantodasletras.com.br/artigos-de-esporte/2660527), onde tentei chamar a atenção para essas questões e demonstrei (com números) que esse critério estava errado e que precisava ser reavaliado. Mas, obviamente, ninguém leu, ou se leu, preferiu achar que não leu, ou preferiu não entender, ou, simplesmente, porque não sabe fazer contas, ou, o que é bem pior ainda, resolveu não dar atenção, porque não quer problemas
É claro que estou ciente de que essa inação possa ser justificada, até porque, quem sou eu, além de um “grande desconhecido” para falar nessa área de “grandes gênios” do futebol. Sou um cidadão comum, que nada tenho a ver com o meio futebolístico e logicamente os “grandes gênios” não deveriam me levar a sério, como, efetivamente, não levaram. Mas, a coisa é tão óbvia, que eu tenho certeza de que não sou o único sujeito que foi capaz de observar o tremendo erro. Mas, então, por que ninguém fala nada sobre a questão?
Contudo, já se passaram mais de 16 anos de minha modesta publicação e os “grandes gênios” continuam assistindo e discutindo sobre outras picuinhas do futebol e concordando, sem nenhum questionamento, de que perder é melhor que empatar. Eu sou, além de um “grande desconhecido”, talvez, ou uma “besta” mesmo, que nada entendo de futebol, mas eles, que, talvez até saibam alguma coisa sobre o futebol, aparentemente desconhecem ética, lógica e matemática. Ou, pelo menos, ética, lógica e matemática não parecem ser áreas fortes de entendimento desses “gênios do futebol”.
E eu continuo aqui, dizendo que: ESSE NEGÓCIO ESTÁ ERRADO! E continuo querendo saber, QUANDO SERÁ QUE ALGUÉM VAI DISCUTIR SOBRE ESSA QUESTÃO?
Meus amigos, se o jogo vale três pontos, quando há um resultado de empate, um desses três pontos, simplesmente, desaparece no final da partida, porque cada time ganha 1 (um) ponto, o que totaliza apenas 2 (dois) pontos, dos 3 (três) que a partida deveria valer, e isso NÃO É JUSTO. Para onde vai o terceiro ponto?
O resultado de empate existe e certamente, como resultado, ele não é menos importante que a vitória ou a derrota para os times, como, injustamente, tem sido considerado. Por isso, o empate deve valer os mesmos três pontos que qualquer outro jogo em que haja um vencedor. E só existem duas maneiras de FAZER JUSTIÇA e resolver essa questão:
- Quando o resultado for empate, cada time ganha metade (como era antes) do valor de pontos da partida, ou seja, atualmente, 1,5 (um e meio) pontos. Só assim, o total de pontos da partida continuará sendo três pontos.
- Quando o resultado for empate, o visitante ganha 2 (dois) pontos e o mandante ganha 1 (um) ponto. Só assim, o total de pontos da partida continuará sendo três pontos.
Qualquer coisa diferente dessas duas opções, certamente, é só mais uma incoerência, um erro e principalmente, mais uma grande injustiça. Infelizmente falamos muito sobre justiça, mas não pararmos para discutir as injustiças e tenho certeza de que esta é apenas uma, das muitas que existem no mundo do futebol.
A propósito, só para dar um exemplo das injustiças, o VAR (“Vigaristas Arranjando Resultados”) e outra injustiça grave, pois com o VAR, o que se fez foi reprovar o erro individual e aprovar o erro coletivo. Um árbitro de futebol que erra, pode errar, porque ele é um ser humano e todo ser humano por mais que não queira, sempre erra. Porém, um equipamento, com uma equipe treinada especificamente no operacionamento dele, não pode errar e continua errando de maneira bisonha e muitas vezes até suspeita.
O que se fez com o advento do VAR foi deixar de lado o erro individual (do árbitro) e promover o erro coletivo (da máquina e sua equipe de operadores). O pior é que: NINGUÉM PODE FAZER NADA depois da confirmação dos erros como se fossem acertos. Assim, os erros agora acabam sendo muito mais graves, por que aquilo que era feito por apenas um indivíduo, agora é feito por uma equipe, com um grande aparato tecnológico. Quer dizer, para o futebol, as coisas pioraram muito com o VAR, porque, além de tudo, elas saíram do limite do campo de futebol.
Eu gostaria de que alguns dos Senhores Jornalistas sérios, que eu sei que ainda existem, discutissem sobre essa questão, do empate ser um “resultado inferior”, porque como demonstrei anteriormente, esse fato modifica os resultados contábeis dos pontos e consequentemente a ordem das classificações (LIMA, 2008) de determinados campeonatos e outras competições futebolistas.
P.S. Por favor, se vocês gostaram do que leram, percam mais alguns minutos (ou ganhe) e se deem o direito de ler o artigo que escrevi e publiquei, em 2008, sobre essa questão. Vocês podem, a priori, até não concordar, mas, tenho certeza de que você irá se surpreender.
Luiz Eduardo Corrêa Lima (68)